Encontro Aberto dos Amigos de Aprender

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Participe, em 19 de janeiro, no Encontro Aberto dos Amigos de Aprender

Os funcionários não funcionam.

Os políticos falam mas não dizem.

Os votantes votam, mas não elegem.

Os meios de informação desinformam.

Os juízes condenam as vítimas.

Os militares estão em guerra contra os seus compatriotas.

Os polícias não combatem o crime, porque estão ocupados em cometê-los.

As bancarrotas são socializadas, os lucros são privatizados.

É mais livre o dinheiro do que as pessoas.

As pessoas estão ao serviço das coisas”.

Eduardo Galeano

Face a esta situação… urge conhecer o terreno que se vai desbravando, com nomes vários – bem comum, os comuns, a comunidade dos bens comuns colaborativos, a Internet das coisas (ou dos objetos)… pois a economia social solidária é um processo, um percurso longo (vem de longe e vai para longe), não apenas um programa.

As iniciativas, atividades e movimentos que alastram – lateralmente – em todo o mundo, focados na energia verde, nas impressoras 3D ou 4D, no MOOC (Massive Open Online Courses), na educação de custo de custo marginal zero, na ascensão do prossumidores (produtores – consumidores), estão aumentando, diz quem sabe, exponencialmente… e abrem um caminho para um modelo novo.

Neste encontro de introdução, impõe-se pensar e agir…em consequência, agora e amanhã.

Mudança de Paradigma – Da Economia de Mercado

à Comunidade dos Bens Comuns Colaborativos

  • A economia de partilha ganha espaço na cena mundial

  • O pai (capitalismo) cuida do filho (sociedade colaborativa)

  • Uma economia híbrida emerge com a energia verde, as impressoras 3D e 4D, o MOOC, a Internet das coisas… e muito mais.

Animador – José Fialho (investigador nas áreas sociais)

19 de Janeiro – 18 e 15 / 20 e 30 – Rua Maria, 15 (Sala da BASE) – Metro do Intendente.

Contamos contigo, passa a mensagem aos amigos, confirma a tua presença.

Brevemente, enviaremos mais informação, além da que se junta na página seguinte.

Os Amigos

A. Ludovino, Anne Marie, Avelino Pinto, Carlos Branco, J. M. Vieira, J. Amaro, XIco Duarte

Os Amigos de Aprender reúnem desde finais da década de 90, focados no desenvolvimento pessoal, em experiências e iniciativas de inovação social, e na economia social solidária. Aberto aos amigos interessados.

Analisar – Aprofundar – Agir … agora, amanhã, depois

 

FRUTA FEIA

Numa sociedade em que cada vez há mais pobreza e fome, cerca de 30% da fruta produzida em Portugal é desperdiçada, apesar de ser saborosa e de qualidade, por não ter a cor, formato, calibre que a grande distribuição e os consumidores escolhem.

A cooperativa de consumo Fruta Feia canaliza parte da produção fruto-hortícola desperdiçada até aos consumidores que não julgam a qualidade pela aparência, criando um movimento para alterar padrões de consumo e gerar um mercado para a “fruta feia” que combata o desperdício e o gasto desnecessário de recursos – 8 toneladas de fruto-hortícolas vão, semanalmente, parar ao lixo.

A Fruta Feia arrancou em Novembro de 2013, em Lisboa (Intendente), Parede, Porto, Gaia e Matosinhos, com 100 agricultores e mais de 2500 consumidores associados.

Em Barcelona, Isabel Soares percebeu que aos supermercados chegavam apenas as frutas e legumes mais bonitos e com o tamanho adequado: “ havia um enorme desperdício alimentar e indignei-me: como é que se manda tão bons produtos para o lixo por razões estéticas? Pelo Natal, perguntou a um tio agricultor se o desperdício era grande, e ele respondeu – só nesse ano, deitara fora 40% das suas peras por serem pequenas. “Ninguém acreditava que eu quisesse pagar um preço justo por fruta feia. O Sr. Raposo chegou a expulsar-me da horta”.

Concorreu a um apoio para residentes no estrangeiro e ficou em 2º lugar. “O orçamento inicial para do projeto era 24.000 e o 2º lugar no concurso só valia 15.000. Dava para arrancar… Reduzi custos, organizei um crowdfunding, optei por um modelo social mais sustentável, a cooperativa de consumo”. “Conseguimos agora um financiamento da União Europeia e comprometemo-nos a abrir 8 pontos de entrega nos próximos 3 anos.

Apesar da Fruta Feia ser autossustentável, queremos manter a relação personalizada com os agricultores e os consumidores…” e vender a fruta que outros rejeitaram no passado.

Hoje, Isabel trabalha com mais cinco pessoas e oitenta voluntários; quase todos conhecem as histórias dos agricultores. E é possível ouvi-las em frutafeia.pt.

CAMPOLIDE TROCA LIXO POR CAFÉ OU MEDICAMENTOS

Em Campolide, Lisboa, um saco de lixo pode valer um café, um medicamento, um desconto no cabeleireiro, no almoço ou no peixe para o jantar. A troca acontece através do programa Pago em Lixo, que convida os moradores da freguesia a trocarem o seu lixo, em pontos de recolha, por moedas e notas que podem ser utilizadas em 70 estabelecimentos do bairro aderentes à iniciativa.

O valor varia consoante o peso e tipo de resíduo entregue pelo morador, com o limite de 10 kgs por dia por cada residente. Cada quilo de lixo indiferenciado corresponderá a uma nota de lixo com um valor comercial de um euro, um valor “simbólico”. O lixo reciclável – embalagens, papel ou vidro, vale duas notas/ dois euros.

Entre cabeleireiros, frutarias, restaurantes, farmácias, cafés, sapatarias, drogarias ou peixarias, as lojas e serviços aderentes são identificados através de um dístico emitido pela autarquia.

A autarquia de Campolide investiu, numa fase inicial cerca de 15 mil euros no projeto, mas “através de uma análise constante da relação custo-benefício”, poderá ser investido mais no futuro.

“O objetivo é consciencializar a população sobre a importância da higiene urbana, a correta reciclagem e separação do lixo, o desenvolvimento de comportamentos cívicos contribuindo simultaneamente para a dinamização da economia e comércio local.

Os moradores poderão começar a corrigir os seus hábitos e Campolide transformar-se-á num espaço mais limpo, acredita a autarquia. (*Adaptado dum texto de Por Liliana Borges).

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